«Os pastores disseram uns aos
outros: «Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.»
Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura.
Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito
daquele menino. Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os
pastores.» (Lc 2,
15-18)
O Natal aproxima-se …As luzes, a alegria, as lojas, a azáfama … vemos como este tempo é diferente! Ninguém fala de crise, todos se esquecem dos problemas, a solidariedade tem lugar mais do que nunca! Tudo isto porque … Cristo nasceu!
Quem dera que assim fosse…
Infelizmente os olhos das pessoas não passam pelo presépio, deixando-o
esquecido e escondido atrás das inúmeras prendas, obscurecido pelo Pai Natal e
suas renas, ignorado como símbolo maior do Natal! Pessoas que vivem o Natal sem
sequer ir ver o Menino ao presépio, que juntam a família em nome da família e
não em nome de Jesus, que celebram um qualquer acontecimento que desconhecem e
que nem ousam perguntar! Mas Ele teima em querer nascer, cada ano insiste e
quer ser o Deus connosco, Aquele que vem trazer a chave da nossa vida!
Neste tempo difícil, a
contemplação do presépio é um verdadeiro antídoto anti-crise. Ao “faça-se o que
eu quero”, Maria diz: “Faça-se segundo a Tua vontade”. Perante a solução fácil
e imediata da separação e do conflito matrimonial, José dá o mote: perseverança
e confiança. Diante de uma gravidez indesejada (ou melhor, inesperada), a vida
reina no seio de Maria com alegria transbordante, capaz de fazer exultar João
Baptista no seio de Isabel. Se o mundo se queixa e constantemente se lastima,
Zacarias aponta o caminho: «Bendito o Senhor Deus de Israel que visitou o Seu
Povo». Quando alguns não podem andar 2 km para ir à Missa, os Magos percorrem
milhares de quilómetros para adorar o Menino. Quando a virgindade é vista com
desprezo e desconfiança, o Senhor quis nascer de uma Virgem. Até parece que
naquele tempo já havia listas de espera: não encontraram lugar para o Menino
nas hospedarias. José adoptou um filho sem ter que ser submetido a um quinhão
de burocracia. Ontem como hoje, o poder político queria matar o Messias
esperado: ontem Herodes, hoje tantos outros que vão legalizando o aborto.
Mas tudo passa e Ele
permanece. Nós, cristãos, não podemos pactuar com o Natal pagão. Temos que ser
rápidos como os pastores, correr ao presépio, adorá-l’O e anunciá-l’O. Ele é a
Luz verdadeira que quer iluminar o mundo pelo nosso testemunho. Ele quer nascer
em nós, no nosso coração, para que outros possam colher da Vida que só Ele pode
dar. N’Ele percebemos que a crise não afecta o cristão, pois Cristo é o nosso
tudo, Aquele em quem confiamos e de Quem dependemos, Aquele que traz a
felicidade, Aquele que tem a chave do Céu que desejamos alcançar.
Neste Natal o Senhor quer
encontrar em cada um de nós um coração novo para nascer, quer encontrar um coração
despojado e pronto para O acolher! Um coração a transbordar de alegria porque
n’Ele temos tudo o que precisamos, um coração agradecido porque o Amor de Deus
supera todas as dificuldades. Um coração disponível para responder ao que o
Senhor quer, um coração desprendido das coisas que nos afastam do caminho do
Senhor!
Façamos deste Natal a festa do
Menino que «faz 2015 anos» e continua vivo no meio de nós. Deixemos que a Sua luz
brilhe nas nossas vidas. Esta é a hora, porque o Natal é quando Deus quer, e
Deus quer que aconteça Natal na nossa vida HOJE! Que neste Natal também nós
nasçamos com Jesus para uma nova vida.
Feliz Natal !!!! que o Deus Menino o Santifique e ajude a ser um Sacerdote como Ele sonha para o ajudar a fazer crescer o Reino de Deus por onde estiver. Um Abraço .Carminda Honrado
ResponderEliminar