quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Mas afinal quem se salva?! Diz o Concílio...



Da Constituição Dogmática Lumen Gentium, Concílio Vaticano II

Em primeiro lugar, aquele povo a quem foram confiadas as alianças e as promessas e do qual nasceu Cristo segundo a carne, povo muito amado por Deus, em virtude da sua eleição e por causa dos Patriarcas e dos Profetas: porque os dons e os chamamentos de Deus são irrevogáveis.

Mas o desígnio de salvação abrange igualmente aqueles que reconhecem o Criador, entre os quais estão em particular os muçulmanos que, professando manter a fé de Abraão, adoram connosco um Deus único e misericordioso, que há-de julgar os homens no último dia.


Deus está perto também daqueles que buscam entre sombras e imagens o Deus desconhecido, porque a todos Ele dá a vida e a respiração e tudo o mais, e como Salvador quer que todos os homens sejam salvos.


Aqueles que ignoram sem culpa o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, mas buscam a Deus na sinceridade do coração e se esforçam, sob a acção da graça, por cumprir na vida a sua vontade, conhecida pelos ditames da consciência, também esses podem alcançar a salvação eterna. E a divina providência não nega os meios necessários para a salvação àqueles que, sem culpa, ainda não chegaram ao conhecimento explícito de Deus, mas procuram, não sem a graça divina, viver rectamente.

De facto, tudo o que neles há de bom e de verdadeiro, considera-o a Igreja como preparação evangélica e dom d’Aquele que ilumina todo o homem, para que venha a ter finalmente a vida.

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